MAIS FALSO QUE NOTA DE R$3,00


Você está navegando na sua rede social preferida e de repente aparece aquela notícia bombástica, uma denúncia gravíssima, um escândalo que tentam acobertar. E vem logo a compulsão de clicar em COMPARTILHAR.
É exatamente assim que as FAKE NEWS se espalham. Quando (às vezes com boas intenções) as pessoas passam à frente notícias que estão bem longe de serem verdade.




Com isso as informações falsas, que foram postadas para satisfazer o interesse de alguém ou de algum grupo se espalham como faísca em rastilho de pólvora ou como plumas ao vento, comparação muito adequada e presente nesse trecho do filme "Dúvida", de 2008, dirigido por Scott Rudin. São 2'48". Vale assistir.



Na semana passada, após o atentado à vereadora Marielle Franco, uma série de notícias falsas foi veiculada na WEB para tentar diminuir o impacto que o assassinato havia gerado na opinião pública.


A maioria delas tão toscas que não resistiram à primeira checagem. Foi assim com o boato de que Marielle teria sido casada com Marcinho VP. A prova seria a foto abaixo.


Porém, a foto nada mais é que de um casal em um "cabaré" no interior do Brasil. Nenhum dos dois se parecem nem com a vereadora ou com qualquer um dos dois traficantes cariocas que usaram o mesmo apelido.



A desembargadora Marília Castro Neves, do TJ-RJ, não teve o mesmo cuidado ao dar de cara com outro boato: de que Marielle Franco teria sido eleita pelo Comando Vermelho e que os bandidos estariam insatisfeitos com ela.
“A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, escreveu a magistrada, que insinuou que a morte da vereadora foi consequência de cobrança de “dívidas”. “Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, finalizou.


Depois tentou limpar a barra ao dizer que não sabia direito quem era a parlamentar e que havia se baseado na postagem de uma amiga.



O PSOL, partido pelo qual Marielle foi eleita, criou um site para desconstruir fake news sobre ela


A professora e pesquisadora Sylvia Moretzsohn escreveu um objetivo artigo sobre o Caso Marielle.

https://objethos.wordpress.com/2018/03/19/comentario-da-semana-marielle-fake-news-as-iscas-de-cliques-e-os-inocentes-uteis/

E um artigo da excelente jornalista Flavia Oliveira, no O GLOBO dessa segunda, dia 19 de março faz uma análise sobre os interesses políticos por trás dessa difamação.

https://oglobo.globo.com/rio/artigo-ha-sentido-politico-na-difamacao-de-marielle-franco-22502983

Para terminar, aquelas dicas que todo mundo acha que conhece, mas, vira e mexe, acaba esquecendo.


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