BUBBLE TIME

A Internet tinha tudo para ser a chave para um mundo de descobertas, mas não é (ou, não é mais) e a culpa está nos algoritmos que fazem você visualizar o que eles acham que você quer ver. É como se você fosse a um restaurante e no cardápio só houvesse pratos que você já experimentou e costuma pedir. Pode até ser um local que você frequente, afinal, tem comidas gostosas ali. Mas e se todos os restaurantes fossem iguais a esse? Se você não pudesse variar? Se você não pudesse experimentar novos sabores? Será que isso continuaria sendo legal assim? Você quer viver numa bolha onde tudo é apeas familiar?


Repare nas suas buscas no Google, nas postagens que aparecem no seu Facebook ou em outras redes sociais. Elas cada vez mais são mais do mesmo. Pessoas que pensam como você, que usam as mesma palavras-chave. Vídeos sobre os mesmos assuntos. 
Isso provoca graves problemas. Se você não tem o contraditório, você não consegue ver aspectos diversos de uma mesma questão (um tipo de suicídio para um profissional de Comunicação), você não se informa sobre fatos e versões novas e, o pior de tudo, você tende a achar que está sempre com a razão porque todo mundo na sua timeline concorda com você.



Eli Pariser, o co-fundador e chefe executivo da Upworthy, presidente da MoveOn.org, co-fundador da Avaaz.org e autor do best-seller The Filter Bubble falou sobre o assunto num TED. Vale a pena assistir e refletir.

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