A difícil tarefa de fazer rir

Fazer alguém rir pode parecer não ser algo tão difícil. Uma boa piada e pronto. Mas, não basta a piada ser boa. Na verdade o que faz alguém rir não é a piada, mas sim a forma como ela é contada.
A ideia pode ser ótima, mas saber passá-la adiante é fundamental.
O que não falta na TV, hoje em dia, é humor sem graça, humor de baixo nível, que busca o riso bobo. Um show de bizarrices.



Mesmo quem é bom, não é bom sempre. É só assistir uma sequência de esquetes do Porta dos Fundos. Um fenômeno que revolucionou o humor na Internet em seu início e que hoje tropeça para fugir da mesmice, com raros lampejos de brilhantismo.

O humor é matéria prima na TV. Seja no entretenimento, seja na publicidade e, às vezes, até mesmo no jornalismo. Nos três ambientes, no entanto, o nível deve ser mantido (no jornalismo, então, nem se fala).



Tirar uma boa ideia do papel exige talento, timing, feeling. Um exemplo é esse esquete solo de Jerry Lewis, em Mocinho Encrenqueiro (The Errand Boy), de 1961. Ele é um subalterno de um escritório que, ao som de um jazz, decide dar uma de patrão. Uma pantomima que era a cara do comediante, mas que surpreende pela simplicidade e eficiência do humor. No vídeo, uma homenagem da série Uma Família da Pesada (Family Guy). Bom humor não tem idade.




Lewis morreu nesse final do mês de agosto, mas o humor dele, não.

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